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Publicado em 10/09/2025, às 11h55 Crédito: Mark Wloch via Spaceweather.com. Bnews Natal
Descoberto pelos cientistas no início deste ano, um cometa está se aproximando da Terra enquanto voa em direção ao Sol. O esperado é que conforme esse encontro vá se aproximando, o objeto fique mais brilhante, tornando-se relativamente fácil de ser visto com pequenos telescópios ou binóculos de qualidade.
No momento, ele é visível apenas com telescópios médios e grandes, mas há esperança de que sua luminosidade aumente o suficiente para que possa ser visto a olho nu – para quem tiver a sorte de ter acesso a céus escuros e sem poluição luminosa.
Trata-se do cometa C/2025 A6 (Lemmon), identificado pelo astrônomo David Fuls, diretor do Catalina Sky Survey (CSS), em 3 de janeiro, usando um telescópio do Observatório Mount Lemmon, localizado a nordeste de Tucson, nos EUA.
O CSS é um projeto da Universidade do Arizona, dedicado à busca de objetos próximos da Terra (NEOs, na sigla em inglês).
O cometa foi catalogado como C/2025 A6 (Lemmon). A designação oficial dos cometas segue regras definidas pela União Astronômica Internacional (IAU). Cada parte do nome traz informações específicas:
O Mount Lemmon Survey (MLS), parte do CSS, varre continuamente o céu em busca de NEOs (asteroides e cometas), cujas órbitas podem aproximá-los do Sol e da Terra. Embora a maioria das descobertas seja de asteroides (mais de 50 mil até o momento), ocasionalmente o MLS identifica cometas, como ocorreu com o Lemmon.
O cometa foi foi confundido com um asteroide, aparecendo como um ponto de luz extremamente fraco, com magnitude +21,5, um milhão de vezes mais tênue que a estrela mais fraca visível a olho nu. Mas imagens observadas posteriormente revelaram que se tratava de um cometa.
Syuichi Nakano, do Escritório Central de Telegramas Astronômicos (CBAT), calculou a órbita do Lemmon com base em 117 observações realizadas entre 12 de novembro de 2024 e 14 de agosto de 2025.
Segundo esses cálculos, o cometa atingirá o periélio, o ponto mais próximo do Sol, em 8 de novembro, a 79,25 milhões de km. Antes, ele passará pelo ponto mais próximo da Terra, chamado perigeu, em 20 de outubro, a 89,16 milhões de km do planeta.
Quando está no extremo oposto de sua órbita, o afélio, o cometa Lemmon fica a 36,3 bilhões de quilômetros do Sol. Dessa forma, seu período orbital é estimado em cerca de 1.350 anos.
Uma passagem próxima a Júpiter feita em 16 de abril de 2025, no entanto, reduziu parte de sua energia orbital, encurtando o período em aproximadamente 200 anos.