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Brasil lidera ranking de infidelidade na América Latina; veja a cidade mais infiel e os perfis que mais traem

Fatores como ciúme excessivo e a busca por novas experiências são determinantes para a infidelidade, segundo estudos acadêmicos  |  Estudos indicam que homens e mulheres têm comportamentos diferentes em relação à traição, com a idade e a dependência financeira influenciando. - Divulgação

Publicado em 21/08/2025, às 07h41   Estudos indicam que homens e mulheres têm comportamentos diferentes em relação à traição, com a idade e a dependência financeira influenciando. - Divulgação   Dani Oliveira

Um levantamento realizado pelo aplicativo de relacionamentos extraconjugais Gleeden, que já soma mais de 1 milhão de usuários no Brasil, revelou que o país ocupa a liderança como o mais infiel da América Latina. O estudo ainda aponta São Paulo como a cidade onde acontecem mais casos de traição.
Além da capital paulista, o ranking brasileiro inclui outras cidades entre os centros urbanos com maior número de usuários engajados em encontros fora do casamento:
• Rio de Janeiro
• Brasília
• Belo Horizonte
• Curitiba
• Porto Alegre 
O hábito de tirar a aliança antes da traição.
Horários e comportamentos dos infiéis
De acordo com a pesquisa, os momentos de maior atividade no app acontecem às segundas-feiras por volta das 23h — o que sugere que, após o fim de semana, muitos buscam uma “escapada virtual”.
O tempo médio de interação chega a duas horas por sessão, demonstrando alto engajamento. Presentes virtuais, como coquetel, maçã mordida, café, beijo e champanhe, são os mais enviados para iniciar conexões afetivas e sexuais.
Segundo Silvia Rubies, diretora de Comunicação e Marketing do Gleeden, “o Brasil está sempre no topo das nossas pesquisas com usuários e os números têm crescido. Para algumas pessoas, o envolvimento com outros parceiros, seja emocional ou físico, pode ser uma maneira de expandir os próprios horizontes e satisfazer necessidades afetivas e sexuais que talvez não sejam atendidas dentro de uma única relação”.
Aquela "escapadinha" no meio da noite.
Quem são os mais propensos a trair
Estudos acadêmicos ajudam a entender melhor o perfil dos infiéis. Uma pesquisa publicada no Journal of Personality and Social Psychology em 2018 analisou 233 casais e apontou que:
• Mais jovens tendem a trair com maior frequência;
• Pessoas com baixa satisfação no relacionamento estão mais vulneráveis;
• Quem tem alto grau de satisfação sexual também pode trair, buscando novas experiências;
• Homens com histórico de relações curtas antes do casamento são mais propensos a infidelidade;
• Mulheres “monogâmicas em série” têm maior tendência a buscar envolvimento fora da relação.
Traição é mais comum entre homens, aponta estudos
Ciúme em excesso pode gerar traição
Uma tese defendida no Instituto de Psicologia da USP mostrou que o ciúme exagerado pode desencadear o comportamento infiel. O motivo? Os conflitos constantes deterioram a relação, abrindo espaço para que a suspeita acabe se concretizando.
Cada vez que alguém cobra o parceiro por ter olhado para outra pessoa, inconscientemente encoraja esse olhar”, destaca o estudo.
Quem trai uma vez, trai sempre?
Um artigo publicado no Archives of Sexual Behavior em 2017 acompanhou 500 adultos em dois relacionamentos diferentes. O resultado mostrou que quem já havia traído no passado tinha três vezes mais chance de repetir a infidelidade no futuro.
Da mesma forma, pessoas que já foram traídas tinham o dobro de chance de passar pela mesma situação em uma nova relação.
Homens e mulheres: diferenças no comportamento
A infidelidade não tem gênero. Um estudo de 2011, também no Archives of Sexual Behavior, indicou que 23% dos homens e 19% das mulheres em relacionamentos monogâmicos admitiram ter traído.
Outra pesquisa, de 2008, testou como o flerte impacta homens e mulheres. O resultado mostrou que homens se tornam menos tolerantes com a possibilidade de serem traídos após flertarem, enquanto mulheres ficam mais tolerantes ao comportamento infiel de seus parceiros depois de interagirem com outros homens atraentes.
Mulheres também podem cair na tentação do flerte.
Idade influencia no risco de traição
Um dado curioso foi revelado em 2014 pelo Proceedings of the National Academy of Sciences: homens tendem a procurar relações extraconjugais quando estão prestes a completar 40 ou 50 anos, ou seja, quando suas idades terminam em “9”.
A explicação científica sugere que, nesses períodos, eles buscam um novo sentido para a vida, o que os leva a procurar experiências fora do casamento.
Dinheiro e independência financeira
A infidelidade também pode estar ligada à dependência econômica. Pesquisa publicada em 2015 pela American Sociological Review mostrou que homens totalmente dependentes financeiramente das esposas traem três vezes mais (15%) do que mulheres que dependem dos maridos (5%).
A questão da dependência financeira também pode ser um fator para traição.
A genética da traição
Não é apenas comportamento: a ciência já encontrou indícios genéticos que podem influenciar na infidelidade. Pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, observaram que variações nos genes ligados à vasopressina, hormônio associado a confiança e conexões sexuais, aumentam a propensão à traição em mulheres.
Nos homens, outro estudo, da Universidade de Binghamton (EUA), identificou que portadores de uma variante do receptor de dopamina tinham 50% mais chances de serem infiéis.

Classificação Indicativa: Livre


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