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Você sabe porquê um papa nunca foi eleito na 1ª votação?; entenda a razão

A primeira votação no conclave é simbólica e revela as dinâmicas políticas entre os cardeais da Igreja Católica  |  Entenda como a necessidade de dois terços dos votos torna a eleição de um papa na estreia uma tarefa difícil. - Divulgação

Publicado em 08/05/2025, às 08h42   Entenda como a necessidade de dois terços dos votos torna a eleição de um papa na estreia uma tarefa difícil. - Divulgação   Dani Oliveira

Nunca um papa foi eleito logo na primeira votação. O primeiro dia de conclave para eleger o sucessor do papa Francisco, na última quarta-feira (7), terminou sem a escolha do novo papa; e isso não é uma surpresa.

Os cardeais se reúnem a portas fechadas pela primeira vez no Vaticano para escolher o novo papa após a missa Pro Eligendo Romano Pontifice, rezada publicamente na Basílica de São Pedro.

Apenas uma rodada de votação foi realizada nesta quarta. Alguns desses votos do pleito inaugural são simbólicos, oferecidos como gestos de respeito ou amizade antes que a votação mais séria comece no dia seguinte.

Como são necessários dois terços (ou 89) dos votos dos 133 eleitores, a escolha de um papa “de primeira” é altamente improvável.

O primeiro dia, porém, pode apontar os nomes que se sobressaem entre as correntes políticas do Vaticano, impulsionando ou enterrando candidaturas.

De acordo com a própria Santa Sé, a única fumaça do dia — provavelmente na cor preta — deverá sair por volta das 14h, no horário de Brasília.

A duração média dos últimos 10 conclaves foi de 3,2 dias, e nenhum durou mais de cinco. As duas últimas eleições — em 2005, quando o papa Bento XVI foi escolhido, e em 2013, quando Francisco emergiu vencedor — foram concluídas em apenas dois dias.

O conclave ocorre ao longo de quantas rodadas de votação forem necessárias. Se os cardeais da Igreja Católica não tiverem escolhido um novo papa até o terceiro dia do conclave, então as coisas não estarão saindo como planejado.

Conclaves curtos, encerrados em poucos dias, projetam uma imagem de unidade, e a última coisa que os cardeais de vestes vermelhas querem é dar a impressão de que estão divididos e que a Igreja está à deriva após a morte do papa Francisco, no mês passado.

Caso a fumaça branca não saia em três dias, as votações serão interrompidas por 24 horas para que os cardeais tenham um período de oração e reflexão.

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