Cardeal da Amazônia é cotado como possível sucessor do Papa; arcebispo da Bahia também está na lista

O arcebispo de Manaus (AM), Dom Leonardo Ulrich Steiner, de 74 anos, ganhou projeção internacional nesta sexta-feira (2), ao ser incluído em uma lista de possíveis sucessores do Papa Francisco divulgada pela agência Reuters. O pontífice faleceu no último dia 21 de abril, e a escolha do novo líder da Igreja Católica será feita em Conclave, a reunião reservada de cardeais que começa em 7 de maio.

Dom Leonardo é o primeiro cardeal da história da região amazônica, nomeado em 2022 pelo próprio Francisco, e tem perfil alinhado às pautas sociais e ambientais defendidas pelo ex-pontífice. Sua atuação em defesa do meio ambiente, no diálogo inter-religioso e na atenção pastoral às periferias reforça seu nome como continuidade da visão progressista do Vaticano.

Natural de Forquilhinha (SC), o religioso foi ordenado sacerdote em 1978 e ingressou na Ordem dos Frades Menores. Formado em Filosofia e Pedagogia, com doutorado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma, Steiner já foi bispo de São Félix do Araguaia (MT), bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB entre 2011 e 2019.

Ao ser nomeado cardeal em 2022, celebrou a visibilidade da Amazônia:

É uma alegria ter um cardeal na Amazônia, que não ficou esquecida pelo papa”, afirmou.

Outro brasileiro também aparece entre os cotados ao trono de São Pedro: Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Salvador (BA), natural de Dobrada (SP). Nomeado em 2020 para a capital baiana, Dom Sérgio possui mestrado em Teologia Moral e uma sólida trajetória no episcopado nacional.

A eventual escolha de um brasileiro para liderar a Igreja Católica representaria um marco histórico e reforçaria o papel crescente da América Latina, especialmente da Amazônia, nos debates eclesiais e sociais globais.

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