Cidades
Publicado em 16/09/2025, às 08h49 A atividade artesanal é vital para a economia local, mas a decisão da SPU pode impactar negativamente o turismo e a renda das famílias. - Divulgação Dani Oliveira
Na praia de Pitangui, litoral do Rio Grande do Norte, um grupo de barraqueiros que trabalha de forma artesanal teve suas barracas demolidas e recebeu uma multas milionária da Secretaria do Patrimônio da União (SPU/RN).
A cobrança chega a R$ 2.532.143,25 para um dos trabalhadores, referente a suposta ocupação irregular do espaço entre 2021 e 2025.
Histórico da atividade e ocupação do espaço
Segundo relatos dos próprios comerciantes, a primeira barraca foi instalada na região por volta de 2012, e outras foram surgindo ao longo dos anos à medida que o movimento de turistas aumentava.
Eles destacam que a área não se enquadra como Área de Preservação Ambiental (APP) e que utilizam apenas materiais rústicos, como madeira e palha, retirados da própria região, sem construção de alvenaria.
Sustento de famílias e impacto econômico
A atividade artesanal é a principal fonte de renda de muitos barraqueiros de Ceará-Mirim e Extremoz, que vivem com lucros muitas vezes inferiores a dois salários mínimos.
Além disso, eles cuidam diariamente da limpeza das barracas, levando o lixo produzido até as lixeiras da praia principal de Pitangui.
A decisão da SPU ameaça não apenas o sustento dessas famílias, mas também a economia informal ligada ao turismo local, que depende da presença de pequenos comerciantes na orla.
Argumentos dos barraqueiros
Os trabalhadores afirmam que a área não é classificada como Área de Preservação Permanente (APP) e que as barracas foram construídas de forma rústica, com madeira e palha retiradas localmente, sem estruturas fixas de alvenaria.
Eles também destacam que cuidam diariamente da limpeza do local, recolhendo o lixo produzido e levando-o para as lixeiras da praia principal de Pitangui.
História e impacto da atividade
Imagens de satélite mostram que a primeira barraca surgiu na praia por volta de 2012, e ao longo dos anos outras foram sendo erguidas conforme o fluxo turístico aumentava.
Atualmente, barraqueiros de Ceará-Mirim e Extremoz dependem exclusivamente dessa atividade para sustentar suas famílias, muitas vezes com rendimentos inferiores a dois salários mínimos mensais.
A cobrança milionária e a derrubada das barracas ameaçam não apenas a sobrevivência econômica dessas famílias, mas também a economia informal ligada ao turismo local, que movimenta a região durante alta temporada.